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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013

intrinsecamente

Às vezes gostava de ter dono, de ter casa, de me sentir em casa em minha casa, de estar bem onde estou, de não andar sempre a olhar para o lado à procura de algo que não sei exactamente o que é, mas que nunca é o que vejo. Não sei se passa, esta insatisfação, este sentimento de despertença. Nem sei onde me leva. Geralmente não me leva a lado nenhum. Não me move, não me transporta. É sobretudo inútil e é-me soberbamente intrínseco. Intrinsecamente deprimente. Estou seca de me inspirar. Estou seca de respirar. Volto ao mesmo sítio do labirinto de sempre. Eu sei onde está o caminho certo, onde está a saída. Eu sei, mas não o vejo. Não quero ver. Quem me garante que o que vem depois não é pior? Eu não sei. Vocês sabem? Quem me garante? LOV ' YOU