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Fui Contaminada

esta negritude que me aureia já me cansa, já me oura. como é que vim de tão longe para chegar aqui? que plano misterioso vem de não saber quem, nem quando? queria dar-te uma pista de que ainda senti algo. mas e que fazes tu com isso? mas e que faço eu com isso? tenho vontade de brincar de avestruz. quero talvez até olhar nos olhos da Medusa. e que faz Ela com os meus olhos? o que faço eu com os meus olhos? malditos pontos de interrogação maldita maldade humana. antes fosse o Amor um atributo exclusivamente divino, mas, assim que toca a terra, já está contaminado. quero tanto tudo mais simples, tudo mais puro.
circular esfera no mais infinito plano estático e bidimensional. se te vejo, digo-me a ti. Quero contar-te as minhas lacunas. quero amarrares-me ao tecto e circundar, desenhar a tinta permanente a mais perfeita das mandalas assimétricas. Trouxe-te ao colo como um animal em vias de extinção, consequência da usual crueldade humana. Trago-te ao colo como um pequeno animal recém-nascido de uma viagem astral profundamente enraizada na (des)massa cósmica universal. O meu canto é desafinado e o nosso amor desalinhado. E ficamos assim, de retinas despertas a expectar o progresso do processo. Ficamos assim, de rotinas abertas a soar o acesso ao projecto.