Lembro-me de quando era miúda e só queria crescer. Queria conduzir, queria votar, queria viajar sem os pais, queria fazer simplesmente o que me apetecesse. Tudo o que os adultos faziam era sinónimo de independência. Agora conduzo, voto, viajo sem os pais, tenho alguma independência, mas, não, não faço tudo aquilo que quero. Agora só penso que tudo isto é sinónimo de velhice, este texto também é sinónimo de velhice. E velhice é sinónimo de degradação, da perda de inocência, a mesma inocência que eu tanto ansiava perder em criança. Agora, só quero voltar atrás… Mas o que faria, afinal, se pudesse voltar atrás? Imagino que fosse sentir o que sentira: falta da independência. Porque é que parece impossível combinar a inocência com a independência…?
volta e meia leio algures a ideia de que as pessoas mais inteligentes são mais infelizes. Criam-se gráficos e coisas e merdas em tom humorístico que sugerem que o melhor mesmo é ser burro e feliz. Confesso que por vezes queria ser mesmo burra, sem preocupações sociais, políticas, ecológicas, éticas, e um monte de fififis que me enervam diariamente. Não sei... não sei o que é melhor. às vezes penso que os pais não deviam ficar felizes quando por alguma eventualidade é diagnosticado à criança um grau de inteligência ligeiramente ou muito superior. É UMA DOENÇA GRAVE. Essa notícia diz em letras pequeninas em baixo "inteligência pode causar efeitos secundários graves (verificados em 100% dos casos registados) como disfunção social, exclusão e auto-exclusão, humilhação pública, incompreensão generalizada, incapacidade para socializar, descrença nos outros, inadaptação existencial, alergia fatal a pessoas, conversas monologais, suicídio incompreendido, entre outros". Mas desde quan...
de nada (;
ResponderEliminarobrigada, bem preciso :)
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