Sonho ainda com o que poderíamos vir a ser como se não sentisse a realidade a tocar-me os pés. Alcanço, com as mãos, a nuvem de maior altitude, onde repousas, íntegra, a mirar em redor. Era capaz de fantasiar que também me vês, que me olhas munida de imaginação e saber. Abala-me, porém, a âncora que acorrentei aos calcanhares. Não me deixa voar mais, não me libera da Terra. E sorrio, pois, quando chove, de olhos lamacentos. Nesse estado meio líquido, meio sólido - metade quente - sinto-me inteira com a possibilidade de te beijar. Cresci a correr à chuva e, por isso, a ser castigada. Pudesse eu despir-me de todo o romantismo e dedicar-me a correr. Invejo vê-los possessos de determinação, conhecendo já o caminho, de respiração controlada, a beijar o vento e a suar a dor. Invejo-lhes a disciplinada manutenção dos corpos. Desejo-o para mim, mas eu sou mais cabeça, coração na boca e amor nas mãos que oferecem de olhos fechados. Não se corre de olhos fechados.
Olá! E por acaso o Estado apoia aqueles que sofrem no presente? ZERO!
ResponderEliminarAs pessoas que pereceram resta desejar que encontrem o paraíso, porque no inferno, vivemos nós aqui...
sim! mas pelo menos as pessoas ja começam a ganhar consciência disso! é triste, mas é mesmo verdade.
ResponderEliminarMas, vá, tenho esperança nos jovens...
Hello! Obrigada por teres gostado do post! *.*
ResponderEliminarIsso foi muito bom ter acontecido, gosto de encontrar alguém que realmente entenda e que partilhe alguns dos meus/nossos gostos. Por isso é que tem sido difícil para mim ter de lidar com tanta futilidade, se assim se pode chamar.
É bom ver que nem todas as raparigas são assim e que há alguém que me "apoie" nesse sentido.
A fnac é um local de muita cultura, por isso passa-se melhor lá o tempo no que em Stradivarius ou Zaras ou coisas do género! ehehe.
Beijinhos <3