Avançar para o conteúdo principal

Fui eu que me despistei...



Fui eu que me despistei, larguei tudo e segui pelo caminho ideal. Achei que vivia bem assim, com a segurança fabulosa do presente sem nunca olhar para trás. Mas a estupidez e as raivas do passado visitaram-me sempre. Deixei aquelas pessoas que nunca foram minhas Amigas e que nunca se esforçaram para me compreender, mas que também nunca me deram motivos suficientemente fortes para eu as abandonar umas com as outras. 


Fui eu que me despistei. Fui eu que vos abandonei, fui eu a última a recusar a companhia de pessoas que me faziam quase sempre sentir mal. Fui eu que, por ser demasiado diferente e não ter coragem para vos gritar "EU SOU *isto*" deixei que pensassem que fui e sou eu a estúpida que, de um momento para o outro se afasta de toda a gente sem motivos aparentes, a que substitui toda a gente por outra gente e o faz sem remorso. 


O motivo sempre existiu e até aparentava, vocês é que não quiseram vê-lo. Acomodaram-se ao facto de eu ter supostamente mudado e transformaram-se numa pseudo-cabala de conspiração contra alguém que poderiam ter compreendido se se tivessem dedicado a tamanha trabalheira e paciência. Fui eu que me despistei, mas foram vocês que me deixaram sem mapa.




Tumblr_lv8hjmqhcw1qcu28ao1_400_large


LOV ' YOU

Comentários

  1. «mas que também nunca me deram motivos suficientemente fortes para eu as abandonar umas com as outras» Deram sim. Deixei muito mais gente por muito menos.

    ResponderEliminar
  2. Sempre que virares as costas e caminhares contra todas as correntes, se olhares para trás e ninguém te seguir aí sim tiveste e terás sempre motivos para ter ido.
    Amizade significa tanto, é das formas mais grandiosas de demonstrar amor. E a humanidade usa o amor como se nada fosse.
    Segue o teu caminho e esse caminho irá se cruzar com outros tantos, que poderás ou não contornar mais tarde.

    ResponderEliminar
  3. awwww *.* Que palavras tão bonitas, Sara! :') Obrigada, mesmo! estava a precisar de ouvir algo assim.

    ResponderEliminar
  4. Minha querida, gostava de não ter de tas dizer, gostava igualmente de não as saber dizer. Mas a realidade é esta mesmo, segue o teu caminho porque esse é que não pode nunca ser desviado ou travado por outros.
    A amizade é uma coisa que muitos humanos desconhecem verdadeiramente, amizade é amor. Mas as pessoas são repressivas nisso acho eu. E não dão o devido valor, na verdade as pessoas não devem saber ser realmente amigas!

    ResponderEliminar
  5. Dou-te toda a razão! =) felizmente eu já encontrei a amizade verdadeira e sei que essa é para sempre ^^ muito embora isso não impeça de, de quando em vez, olhar o passado num tom amargo. Levantamos a cabeça e seguimos em frente mas a memória, quase impaciente, fica sempre...

    ResponderEliminar
  6. Espero mesmo que seja para sempre, porque eu também achei que sim... e depois pronto. nao penses no passado, são só fantasmas.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Diz que sim, que é uma doença grave. O bolo de chocolate não.

volta e meia leio algures a ideia de que as pessoas mais inteligentes são mais infelizes. Criam-se gráficos e coisas e merdas em tom humorístico que sugerem que o melhor mesmo é ser burro e feliz. Confesso que por vezes queria ser mesmo burra, sem preocupações sociais, políticas, ecológicas, éticas, e um monte de fififis que me enervam diariamente. Não sei... não sei o que é melhor. às vezes penso que os pais não deviam ficar felizes quando por alguma eventualidade é diagnosticado à criança um grau de inteligência ligeiramente ou muito superior. É UMA DOENÇA GRAVE. Essa notícia diz em letras pequeninas em baixo "inteligência pode causar efeitos secundários graves (verificados em 100% dos casos registados) como disfunção social, exclusão e auto-exclusão, humilhação pública, incompreensão generalizada, incapacidade para socializar, descrença nos outros, inadaptação existencial, alergia fatal a pessoas, conversas monologais, suicídio incompreendido, entre outros". Mas desde quan...

Vacinas de inteligência

bom, hoje cheguei à conclusão mais importante da minha vida: Devia haver uma vacina de inteligência que fosse administrada logo à nascença. Já imaginaram? todas as pessoas serem inteligentes, não haver cromos, não haver cegueira (daquela cegueira que Saramago fala), não haver trolhas tal como os conhecemos, não haver estúpidos...  Enfim, não iria encontrar gente a dizer que as culturas islãmicas não são cultura nem são nada (quando, como é óbvio, é mais do que sabido que se trata de uma questão cultural). Não ia encontrar gente a dizer que é uma aberração as vacas, por serem sagradas, andarem a passear pelas ruas da Índia porque há pessoas a passar fome (quando em Portugal também há pessoas a passar fome e os cães e os gatos lá andam pelas ruas. Como é obvio, também é uma questão cultural).  Não ia encontrar gente materialista. Não ia viver no mesmo mundo que os patrões egoístas que conseguem lucros loucos e pagam menos do que o ordenado mínimo aos seus tr...

Filmes que me macaram # 02 # Eloïse

Título Original: Eloïse Lançamento: 2009 (?) Direcção: Jesús Garay Actores: Diana Gómez, Ariadna Cabrol, Bernat Saumell Duração: 92 minutos Género: Drama, Romance País: Espanha Sinopse: Ásia tem 18 anos, está no hospital em coma e sua mãe e seu namorado, Natanael, tomam conta dela. Pouco a pouco vemos os eventos que levaram Ásia para o hospital, seu relacionamento com sua mãe, seus amigos e seu namorado, e, acima de tudo, com Eloise, uma misteriosa garota que lhes apresenta um mundo de novas sensações e com quem irá relembrar um episódio doloroso de seu passado, do qual sua mãe não está disposta que venha à luz. Finalmente, Ásia vai lutar para ser feliz em seu relacionamento com Eloise. Porque é que me marcou? É um filme sobre um amor lésbico, os problemas de aceitação da orientação, a influência da sociedade conservadora e as repercussões negativas que isso traz para quem tenta encontrar-se. A banda sonora é muito bonita e toda a história é simples e po...