Algo de mim morreu contigo e ainda não descobri o quê. O que foi de tão vital assim que me deixa mutilada? Uma incompletude genética talvez? Um desaforo genealógico? O que me deixa assim de luto suspenso? Amo-te! Amo-te! Não te disse, mas tu sabias. Amo-te! Amo-te a ti e à minha memória de ti. Amo tudo o que me deste, tudo o que fizeste da minha vida eu amo. Mas faltas-me. Faltam-me coisas sem nome, coragens sem força, conhecimentos de mim que só tu sabias. Amo-te também por isso. Amo-te! Tu sabes, tu sabes. Mas há tanto de ti que não sinto e sinto falta. Saudades do teu espírito. Estás aí? Fala comigo. Transmite-te a minha essência perdida. Passa-me os teus poderes. Leva-me a conhecer-me! Pega em mim ao colo. Pega em mim ao colo! Faz-me sentir, vê-me chorar. Chora-me! Quero-te comigo. Transmite-me emoções e coisas que desconheço. Ensina-me! Ensina-me a mim mesma. Não vás já! Não me deixes já... Quero ver-te! Preciso ver-te para me ver. Tu sabes. Eu amo-te. Tu sabes. Diz-me! O que há de ti em mim? que herança é esta? Não sei e suspeito. Suspeito e não sei. O que há em mim? Quem sou eu? O que há? Revela-te em mim. Estou aberta. Estou pronta. Revela-te. Revela-me.
volta e meia leio algures a ideia de que as pessoas mais inteligentes são mais infelizes. Criam-se gráficos e coisas e merdas em tom humorístico que sugerem que o melhor mesmo é ser burro e feliz. Confesso que por vezes queria ser mesmo burra, sem preocupações sociais, políticas, ecológicas, éticas, e um monte de fififis que me enervam diariamente. Não sei... não sei o que é melhor. às vezes penso que os pais não deviam ficar felizes quando por alguma eventualidade é diagnosticado à criança um grau de inteligência ligeiramente ou muito superior. É UMA DOENÇA GRAVE. Essa notícia diz em letras pequeninas em baixo "inteligência pode causar efeitos secundários graves (verificados em 100% dos casos registados) como disfunção social, exclusão e auto-exclusão, humilhação pública, incompreensão generalizada, incapacidade para socializar, descrença nos outros, inadaptação existencial, alergia fatal a pessoas, conversas monologais, suicídio incompreendido, entre outros". Mas desde quan...
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