A noite assusta-me, mais
do que qualquer outra coisa. Eu não tenho monstros debaixo da cama
ou no armário, as sombras esquisitas das árvores na parede não me
incomodam e o paranormal não é uma ameaça. O que me assusta é
outra coisa, outra coisa invisível, mas existe. É que à noite os
meus Monstros libertam-se e comem-me viva. Esgotam-me os sorrisos e
criam rios pela minha cara que continuam pelo meu pescoço, até ao
meu peito. É assim que me secam os olhos. O pior é que os meus
Monstros não são imaginação ou miragem. Atormentam-me,
torturam-me e por vezes tentam matar-me. A noite assusta-me mais do
que qualquer outra coisa e eu tenho medo. Os meus Monstros trazem o
pior de mim e vêm acompanhados de todos os meus medos. Outras vezes
são persistentes e resistentes ao tempo. Arrastam-se pelas horas e
deixam de ser criaturas da noite para passarem a escurecer o dia. E o
meu sono arrasta-se acordado porque não me deixam fexar os olhos.
Faz parte da tortura. Eu? Eu olho em redor. A luz fica pesada na
parede e tudo fica congelado. Todos os átomos, partículas ou
células parecem estar congelados. Por vezes também eu fico
congelada, concentrada nas estátuas que me rodeiam e na minha
estúpida respiração que interrompe. Outras vezes, crio
movimentos porque preciso circular o ar que, por uma claustrofobia
cáustica, me encurrala. Mas os Monstros mais combativos são aqueles
que trazem a verdade. Esses vêm para ficar. Esgotam-me
exaustivamente até que perco o tempo, até que perco a força, até
que perco a coragem, até que perco a vontade e me dou finalmente por
vencida pelos meus Monstros da Verdade. Durmam bem, Monstros da
Mentira. Os outros Monstros? Não saberia viver sem eles.
Passei meses sem escrever... triste demais para o fazer, mas este caderno era para momentos assim... Antes escrevia coisas cheias de esperança... aquela esperança que não é mais do que a fé. Mas a minha fé foi-se, ou talvez nunca tenha sido, de facto. Mas foi quando deixei de ter fé (ou de querer ter fé) que deixei de escrever... Talvez por medo de mim própria, do monstro que vive em mim e que eu passei todo este tempo a abafar. Quando consegui voltar a escrever, era tudo menos bonito. Aliás, é tudo menos bonito. É tudo menos bonito mas é quem eu sou... Agora é que eu sou! E tenho medo. Tenho medo de mim, tenho medo de te magoar. Medo de fazer algo sem pensar (que já está mais do que pensado). Medo de estar a escrever para que compreendas o que se passou... porque quando houver algo para explicar eu não vou estar para o explicar... Sei que és a única que possivelmente compreenderia! Sei que é pela tua amizade que continuo a viver. * Para Sempre * « As estrelas são bonitas por ...
Eu combato os monstros com um peluche!*.*
ResponderEliminareu sei! :) pena que isso não resulte comigo... :S
ResponderEliminar:(
ResponderEliminar- sem saber o que dizer -
ResponderEliminarE se eu te comprar um peluche gigante que pareça o Serj? Ele assim mata os monstros! :D
Oh *.* um peluche gigante que se pareça com o serj!!! agora deixaste-me a sonhar! :)
ResponderEliminarhum... e não saberes o que dizer é bom ou mau?! xD
É mau porque gostava de ter uma palavrinha querida para dizer mas o peluxe do Serj acho que compensou vá xD eu era mais os monstros debaixo da cama e a entrarem pelo telhado e assim :| E ainda tenho isso quando vejo ou falo de coisas assustadoras.
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