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A mostrar mensagens de 2012

lido no tumblr

«It’s all in the details. They way someone stops smiling the moment you aren’t looking. How their answers become shorter, their laughter a little bit more forced for every time. You’ll sometimes catch them with a distant look in their eyes, as if they’re staring into the big nothingness that surrounds them. Completely gone. Lost. Alone. You might find that they start distancing themselves from you, making excuses, feeding you with their little covering lies. “I’m just tired,” they’ll say. They’ll laugh it off, every single time. You should pay attention to how they start covering up their bodies, hiding every inch of their skin, hating every inch of their skin. They wont take your compliments, if so, you’ll only get a simple ‘thank you’ and they will take it all for lies. Self hate could easily be mistaken for self irony - although they say it with a smile on their face, keep your eyes open for the empty look that follows. Pay attention. Never look away. Because they are nearly i

o limiar de qualquer coisa profunda em frases soltas e palavras simples

Estou cansada de fingir que está tudo bem. E às vezes acho que estou no limiar da exaustão. Exaustão psicológica, que física posso eu bem com ela. Naquele dia estava mesmo a desmoronar. Na noite anterior soube que a minha avó teve mesmo de abandonar definitivamente o tratamento que estava a fazer. O melanoma (no braço) está, afinal, cada vez maior e surgiram muitos outros quistos por todo o corpo, incluindo na cabeça. Não sei o que se segue além disso. E foi ao jantar que soube... da morte da tia da Marta. A notícia abalou-me de uma forma quase incompreensível.  E nem sei se consigo imaginar ao certo o que a Marta está a passar neste momento. É demasiado brutal.  E com isso apercebi-me de que não estou de todo preparada para lidar com a morte da minha avó. Tenho-a visto a piorar e fico eu mesma cada vez pior. Sinto-me de mãos e pés atados.  A minha avó é inequivocamente uma daquelas raras BOAS pessoas , tal como a tia da Marta, com certeza. E só consigo ficar com um pr

this is the awake of the american dream

Tenho abandonado isto, mais do que o que eu queria. Na verdade, tenho fugido dos meus sentimentos, porque quem-me-dera-não-ter-sentimentos. this is the awake of the american dream. A minha avó tem cancro, um melanoma. Já o havia dito aqui. Esse melanoma veio com uma sentença de morte. Para viver durante mais alguns meses, repito: meses. Ela diz que se sente melhor e que já consegue saborear a comida, mas não está melhor. Eu sei que não está. Tem muita dificuldade em andar, o melanoma voltou a aumentar imenso e está com um aspecto que, segundo ela, é horrendo (eu ainda não vi), além de se notar perfeitamente que está sempre com dores, por mais que ela tente disfarçar. A minha outra avó entretanto teve vários ataques num curto espaço de tempo e ficou com demência. Pouco tempo depois acamou e tem estado assim penso que já há um mês. Parece-me impossível nesta fase que ela melhore. Passa o tempo a dormir mas já não se movimenta. Mal fala. Geralmente só fala para pedir, comida, o

que as coisas não expludam agora

Estou farta de viver no medo. Naquele medo que nos gela as reacções, a naturalidade, e espontaneidade. Entro em epilepsia sanguinea de cada vez que me dou conta da quantidade de olhos que me julgam e que estão à espreita, a aguardar pacientemente que eu pise o risco, que eu erre, que eu siga os meus instintos e a minha vontade. Às vezes congelo com determinadas perguntas, com determinadas conversas porque não sei o que é suposto responder, ou dizer, como é suposto reagir. E sem reagir já estou a reagir de alguma forma. E sem saber já me estão a julgar por isso. Estou cansada de viver de relógio atado ao pulso, quais algemas a cronometrar as minhas reacções. Estou genuinamente farta de sentir que vivo no limite, que ando por terrenos armadilhados, minados, e que basta um passo irreflectido, um desequilibrio, um empurrão de alguém ou uma simples ventania. Dou esse passo, ou caio e tudo explode. E as coisas não podem explodir. Não agora. Eu não quero que as coisas expludam agora.

Razão

Cresci ali, naquela aldeia onde atravessava a rua e entrava na escola primaria. Era a minha casa, mas não era, so porque não dormia ali. À hora do jantar voltava para casa do meu pai e da minha mae para logo a seguir dormir. Durante o dia, na casa onde cresci, tinha duas maes. A minha bizavo e a minha avo. Elas foram e serao sempre a minha infância. Se dela sempre senti saudades porque sempre temi que ma roubassem da memoria, agora ela foge-me sem que eu possa exercer qualquer comando. A minha bizavo partiu durante o sono ha pouco mais de um ano, a dois anos dos 100. Ca entre nos, acredito que ela está a viver um magnifico sonho, daqueles que ja não podia viver (nem se vivem) acordada. A minha avo tem cancro. Tem cancro pela terceira vez. Tem cancro. Da primeira vez, ainda eu não tinha nascido, deram-lhe 3 meses de vida. Da segunda, ficou sem metade do estomago. E agora, eu ando á procura de um tecto ou de um chao que me faca acreditar que a merda do "á terceira é de

castraram-me vezes sem conta. não tencionam parar

Estou chateada e aborrecida. E estou farta de tudo em geral e em particular. Não é que não seja habitual, mas é mais. E quando isto aumenta, pode ser grave. Estou mesmo farta e prestes a mandar tudo e todos à merda, porque me sinto mais longe do que aqui. Como se o meu corpo flutuasse nesta realidade ridícula onde me enfiaram desde que nasci. Este ainda é dos poucos espaços reservados à minha privacidade, onde só lê quem eu quero que leia. Onde só sabe da minha vida quem eu quero que eu saiba. E porque só vocês sabem como eu sou uma hipocondríaca social. Porque só vocês sabem como eu quero estar longe de pessoas. Porque acabo sempre por me magoar e ser eu quem fica mal. Ficar mal em todos os sentidos, social e intimamente mal. Amputada e castrada. LOV ' YOU

era só pa partilhar o que eu estava a pensar no duche hoje de manhã

~ Sou ateia na religião e  agnóstica na política~ LOV ' YOU

Diz que sim, que é uma doença grave. O bolo de chocolate não.

volta e meia leio algures a ideia de que as pessoas mais inteligentes são mais infelizes. Criam-se gráficos e coisas e merdas em tom humorístico que sugerem que o melhor mesmo é ser burro e feliz. Confesso que por vezes queria ser mesmo burra, sem preocupações sociais, políticas, ecológicas, éticas, e um monte de fififis que me enervam diariamente. Não sei... não sei o que é melhor. às vezes penso que os pais não deviam ficar felizes quando por alguma eventualidade é diagnosticado à criança um grau de inteligência ligeiramente ou muito superior. É UMA DOENÇA GRAVE. Essa notícia diz em letras pequeninas em baixo "inteligência pode causar efeitos secundários graves (verificados em 100% dos casos registados) como disfunção social, exclusão e auto-exclusão, humilhação pública, incompreensão generalizada, incapacidade para socializar, descrença nos outros, inadaptação existencial, alergia fatal a pessoas, conversas monologais, suicídio incompreendido, entre outros". Mas desde quan

eu e a Florbela Espanca - especificidades de um estado de espírito sem época

Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Grave e metódica até à mania, atenta a todas as subtilezas do raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de ser uma espécie de D. Quixote fêmea a combater moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num dom de mim própria que não acaba, que não desfalece, que não cansa! Toda, enfim, esta frase a propósito de Delteil: «Très simples avec enthousiasme à sa droite et son désespoir à sa gauche.». in Correspondência , 1930