A noite assusta-me, mais
do que qualquer outra coisa. Eu não tenho monstros debaixo da cama
ou no armário, as sombras esquisitas das árvores na parede não me
incomodam e o paranormal não é uma ameaça. O que me assusta é
outra coisa, outra coisa invisível, mas existe. É que à noite os
meus Monstros libertam-se e comem-me viva. Esgotam-me os sorrisos e
criam rios pela minha cara que continuam pelo meu pescoço, até ao
meu peito. É assim que me secam os olhos. O pior é que os meus
Monstros não são imaginação ou miragem. Atormentam-me,
torturam-me e por vezes tentam matar-me. A noite assusta-me mais do
que qualquer outra coisa e eu tenho medo. Os meus Monstros trazem o
pior de mim e vêm acompanhados de todos os meus medos. Outras vezes
são persistentes e resistentes ao tempo. Arrastam-se pelas horas e
deixam de ser criaturas da noite para passarem a escurecer o dia. E o
meu sono arrasta-se acordado porque não me deixam fexar os olhos.
Faz parte da tortura. Eu? Eu olho em redor. A luz fica pesada na
parede e tudo fica congelado. Todos os átomos, partículas ou
células parecem estar congelados. Por vezes também eu fico
congelada, concentrada nas estátuas que me rodeiam e na minha
estúpida respiração que interrompe. Outras vezes, crio
movimentos porque preciso circular o ar que, por uma claustrofobia
cáustica, me encurrala. Mas os Monstros mais combativos são aqueles
que trazem a verdade. Esses vêm para ficar. Esgotam-me
exaustivamente até que perco o tempo, até que perco a força, até
que perco a coragem, até que perco a vontade e me dou finalmente por
vencida pelos meus Monstros da Verdade. Durmam bem, Monstros da
Mentira. Os outros Monstros? Não saberia viver sem eles.
volta e meia leio algures a ideia de que as pessoas mais inteligentes são mais infelizes. Criam-se gráficos e coisas e merdas em tom humorístico que sugerem que o melhor mesmo é ser burro e feliz. Confesso que por vezes queria ser mesmo burra, sem preocupações sociais, políticas, ecológicas, éticas, e um monte de fififis que me enervam diariamente. Não sei... não sei o que é melhor. às vezes penso que os pais não deviam ficar felizes quando por alguma eventualidade é diagnosticado à criança um grau de inteligência ligeiramente ou muito superior. É UMA DOENÇA GRAVE. Essa notícia diz em letras pequeninas em baixo "inteligência pode causar efeitos secundários graves (verificados em 100% dos casos registados) como disfunção social, exclusão e auto-exclusão, humilhação pública, incompreensão generalizada, incapacidade para socializar, descrença nos outros, inadaptação existencial, alergia fatal a pessoas, conversas monologais, suicídio incompreendido, entre outros". Mas desde quan
Eu combato os monstros com um peluche!*.*
ResponderEliminareu sei! :) pena que isso não resulte comigo... :S
ResponderEliminar:(
ResponderEliminar- sem saber o que dizer -
ResponderEliminarE se eu te comprar um peluche gigante que pareça o Serj? Ele assim mata os monstros! :D
Oh *.* um peluche gigante que se pareça com o serj!!! agora deixaste-me a sonhar! :)
ResponderEliminarhum... e não saberes o que dizer é bom ou mau?! xD
É mau porque gostava de ter uma palavrinha querida para dizer mas o peluxe do Serj acho que compensou vá xD eu era mais os monstros debaixo da cama e a entrarem pelo telhado e assim :| E ainda tenho isso quando vejo ou falo de coisas assustadoras.
ResponderEliminar